quarta-feira, 6 de outubro de 2010

soberania do povo

A soberania do povo!

Antonio Nunes de Souza*

Como previmos, as mudanças inesperadas nos resultados das urnas sempre foram surpreendentes, fugindo as pesquisas, já que as pessoas mudam seus pensamentos apenas levados por uma opinião, um boato surgido, uma mentira com cara de verdade, ou mesmo pelo seu estado de espírito no momento de digitar os números dos candidatos que foram escolhidos, mesmo com bastante antecedência. E, por essas razões, a soberania do povo terá sempre que ser respeitada sua vontade, pois, esse é um ato que é denominado de democracia.

Lógico que essas atitudes não cabem nas pessoas que fazem análises dos projetos apresentados, conhecem a história dos candidatos, verifica as possibilidades de uma continuação de um trabalho bem executado pelo governo que sairá, a necessidade de haver mudanças radicais para melhorar, analisar o partido que está competindo se no passado apresentou algo substancial ou apenas bravatas de planos e projetos e, principalmente, a maneira ética no comportamento com seus adversários, não descambando para ofensas e acusações descabidas e inexistentes, com a finalidade de confundir os eleitores menos informados, beneficiando-se assim com resultados que, na verdade, não merecem ou mereciam. Esse detalhe, infelizmente, foi o cavalo de batalha de um dos candidatos!

A lisura de uma disputa é um comportamento preponderante em todas as áreas, ocasião que se devem apresentar suas capacidades técnicas, profissionais, conhecimentos, equipe qualificada e entrosada para a efetivação dos projetos, possibilidades reais de dar continuidade aos avanços implantados e começados. Sendo de grande valia e importância que seja levado em consideração, se o candidato é do partido do governo que está saindo, evitando assim uma mudança radical de ministérios, secretariados, etc., que, consequentemente, pela triste e peculiar retaliação dentro da política e os desejos individuais de cada um, deixam os projetos pelos caminhos para que não sejam, no futuro, aplaudidas pelo povo, dando méritos aos seus opositores. Nessa última particularidade, infelizmente, tenho visto ao longo de toda minha vida!

Certamente veremos uma série de acordos e parcerias entre os partidos, todos cortejando a Marina, que conseguiu uma gama respeitável de votos e, obviamente, terá um peso nos resultados. Mas, como sempre dizemos, nunca devemos categorizar alguma fidelidade na hora de teclarem a urna eletrônica. Que vença aquele ou aquela que for melhor para o Brasil. Mas, que seja uma disputa descente, com classe, cheia de promessas que possam ser realizadas e não enganações de palanques, olhem quem já está realizando e olhem também para quem está apenas prometendo. Nessa hora de escolha é importante se apegar ao palpável e concreto, tendo cuidado com o incerto abstrato! *Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@ hotmail.com)